terça-feira, 12 de maio de 2009

Bibliografia

Baseado no livro “História do Espiritismo”
Arthur Conan Doyle, Editora Pensamento,
São Paulo, 2001.
Tradução de Júlio Abreu Filho

Título original: “The History of the Spiritualism”

CONAN DOYLE, cujo nome repercute por todo o mundo, é um dos escritores mais lidos da moderna literatura inglesa. O poder extraordinário de sua imaginação, a comunicabilidade natural do seu estilo, a espontaneidade de suas criações, fizeram dele um escritor universal, admirado e amado por todos os povos. No Brasil, nossa gente o incluiu, há muito, entre os seus ídolos literários. É tanto assim, que ainda agora a Melhoramentos está lançando as obras de Conan Doyle em edições sucessivas, divi¬didas em três linhas de lançamentos: a Série Sherlock Holmes, a Série Ficção Histórica e a Série Contos e Novelas Fantásticas.
Não se precisaria de mais nada para demonstrar o interesse do público brasileiro pelas obras de Conan Doyle. Nem de mais nada para se demonstrar a grandeza literária desse verdadeiro gigante das letras inglesas. Não obstante, as três séries acima não abrangem toda a obra de Conan Doyle. O famoso precursor dos métodos científicos de pesquisa policial foi também um histo¬riador, tendo escrito obras como “The Great Boer War” e “His¬tory of the British Campaign in France and Flanders”. Foi ainda um dos maiores e mais lúcidos escritores espíritas dos últimos tempos, em todo o mundo, revelando admirável compreensão do problema espírita em seu aspecto global, como ciência, filosofia e religião.
Vemos, assim, que há mais duas séries de obras — a de história e a de espiritismo — que podem ser consideradas como os afluentes diretos deste verdadeiro delta literário da vida de Conan Doyle, que é a “História do Espiri¬tismo”.

Trecho do prefácio da tradução brasileira, por J. Herculano Pires

Tema central do curso

Quanto ao surgimento do chamado movimento espírita, os brasileiros não tem dúvidas: surgiu com os fenômenos das irmãs Fox, em uma localidade do estado de New York chamada Hydesville, em 31 de março de 1848. Os primeiros sinais da nova revelação se deram pelo espírito de Charles Rosnan, provocando os conhecidos raps, batidas, que se ouviam nas paredes de madeira da casa onde a família Fox vivia.
Há um salto na história, e vamos direto à França, onde o mestre Hippolyte Leon Denizard Rivail, ou simplesmente Allan Kardec, codificou a doutrina, trazendo à luz as informações contidas nas suas obras, tratadas como básicas para o Espiritismo. O próprio termo “Espiritismo” foi talhado por ele e por este nome é que nós conhecemos o movimento começado pelos Espíritos. Entretanto, há mais do que isso a se tomar conhecimento. Fatos e personagens anteriores a Kardec já anunciavam a imensa “invasão organizada” promovida pelos Espíritos em todo o mundo, como atesta a comunicação do Espírito de Verdade, transmitida a Kardec, com a qual o seu trabalho foi inaugurado, mas que, em parte, já havia sido transmitida a Andrew Jackson Davis. Segue abaixo transcrição:

“Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como um imenso exército que se movimenta desde que dele recebeu o comando, espalham-se sobre toda a superfície da Terra; semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo em verdade, são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas em seu sentido verdadeiro para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As grandes vozes do céu ressoam como o som da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem. Homens, nós vos convidamos ao concerto divino; que vossas mãos tomem a lira; que vossas vozes se unam, e que num hino sagrado se estendam e vibrem de uma extremidade à outra do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, estamos junto de vós; amai-vos também uns aos outros, e dizei do fundo do vosso coração, fazendo as vontades do Pai que está no céu: ‘Senhor! Senhor!’ e podereis entrar no reino dos céus.

O Espírito de Verdade”

O Espíritos se espalharam por toda a Terra, conforme afirmam. É de se supor, então, que trouxeram valiosas informações, em França e alhures, todas elas a serem aprendidas pelos espíritas e por toda gente.
A idéia, portanto, é utilizar o livro de Sir Arthur, talvez o melhor jamais escrito sobre a história do Espiritismo, e tornar conhecidos estes personagens e fatos, como Emmanuel Swedenborg e suas visões do mundo espiritual; Edward Irving e os “Shakers”, etc. Esta “outra parte” do movimento espírita, tão desconhecido dos espíritas brasileiros, e latinos, de modo geral, chamado de Moderno Espiritualismo, trata de investigações, revelações e experiências muito semelhantes, ou, antes, idênticas as que levaram franceses e italianos a desenvolverem o movimento que nós conhecemos como Espiritismo.

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